23 janeiro, 2009

Capítulo V ~ Escolhas! Um novo inimigo?



Quando Micael acaba de fechar a porta quando Andariel diz:
- Caramba! Que dia é hoje? e que horas são?

- Hoje é segunda feira e agora são exatas 2 horas da tarde Irmãozinho

- Ufa! Suspira Andariel aliviado, dizendo em seguida:

- Eu tinha me esquecido da minha mãe! Mais ela deve ter pensado que eu dormi na casa de algum amigo ou algo do tipo! Andariel levanta-se calmo mais ainda resmungando de dores no abdômen e no resto do corpo ainda cicatrizando. Luphiel senta-se de modo estranho na cabeceira do sofá e fica quieto ao pensar. Andariel de cabeça baixa diz:

- Posso saber Luphiel? O que você ainda não teve tempo de me contar?

- Unf "suspira Luphiel" Há coisas sobre as experiências das quais você não precisa saber

- Fala agora por favor! Diz Andariel com a o cabelo caído sobre o rosto

- Tá, cada cobaia recebe um "título" de cobaia um número o qual representa sua "força" ou sua perfeição, de inicio haviam 15 "Fetos" vivos, mais a sede de ser um ser perfeito os leva a atacar os de leveis primários a fim de provar seu poder, é quase como um instinto! Sendo assim devem haver apenas 7 “Fetos” ainda vivos. Andariel se levanta e diz:

- Me empresta uma roupa preciso volta para minha casa, antes que minha mãe ligue para a policia!
- Ta! pega a muda de roupas que eu deixei em cima do sofá. Andariel se veste rapidamente e vai em direção a porta, chegando perto da mesma a abre e diz:

- Sinceramente a cada minuto eu não sei mais em quem confiar! Fecha a porta e sai, ao sair da uma boa olhada a casa, é uma casa grande de mais de um andar, uma fachada antiga com várias janelas, não há muito gramado na frente e é praticamente no meio da rua pouco movimentada.
Andariel anda até a rua ainda não reconhecida pelo mesmo, olha para os lados e suspira aliviado por finalmente estar fora do meio de Lith. Ao terminar o suspiro um grupo de adolescentes que andam pela rua gritam todos quase simultaneamente:

- Meu deus olha aquilo! que luz forte! parece que vem do céu! Andariel olha para o céu, uma grande rajada de luz cai do céu. Ele percebe que tal luz ofuscante vem em direção a rua, a mesma direciona-se a casa de onde ele acabara de sair, Andariel olha em direção da casa e grita loucamente:
- Luphiel! Sai da casa!

Andariel observa que em uma das janelas esta Luphiel olhando para o horizonte sem escutar ou ver Andariel. Mais atentamente ele vê alguém entrando na casa pela porta da frente, tinha um porte físico feminino e não parecia alta mais era bastante reluzente assim como a luz que já chega na casa. Apesar de seus esforços ele não consegue que Luphiel escute e nem que o mesmo saia da casa, a luz chega encobrindo tudo em um imenso clarão, todos os que presenciavam a luz tamparam seus rostos, durante alguns minutos a luz apenas brilhou e nenhum som era audível e nada alem da fortíssima luz era visível, de repente um grande barulho toma a rua e a todos presentes. Andariel tenta abrir os olhos, e entre as mãos ele vê Luphiel juntamente com a casa que começam a se desmembrar e sumir em meio ao ar, Andariel ainda sem conseguir emitir nenhum som em meio a todo o barulho estrondoso apenas observa a cena por entre os dedos.

A casa se desmembrara e se tornou apenas escombros em segundos, ainda com o som absurdo por talvez o impacto da luz com a casa, presenciando tudo ali em ruínas Andariel grita pelo nome de Luphiel em meio as lágrimas em seu rosto, Luphiel simplesmente sumira ao ar como sempre fez más dessa vez Andariel tinha em mente que não mais veria seu irmão.

Tanto a luz quanto o som diminuíram e era claramente visto o terreno da casa com muitas ruínas e pedaços da casa, todos muito empilhados e destroçados. Andariel apenas se ajoelha e começa a chorar enquanto observa um vasto grupo de pessoas se aproximar do local e olhas os destroços, ainda ajoelhado em meio a multidão já formada em volta do terreno Andariel se recolhe em meio a pensamentos:

“ Que luz foi aquela? O que aconteceu? Luphiel morreu? Quem era aquela? O que está acontecendo? Se Luphiel estiver morto eu não tenho NADA!”

Alguns policiais e ambulâncias se aproximam do lugar e começam a afastar as pessoas que ali estavam, todos são praticamente expulsos do lugar, um policial que tenta remover Andariel grita a um paramédico ali presente:

- Hey! Ajuda aqui tem um garoto que está em choque!

Dois paramédicos da ambulância o recolhem e o colocam numa maca e rapidamente colocam a maca na ambulância, Andariel permanece ali deitado com os olhos abertos e sem emitir nenhum som nem se mover, os paramédicos tentam se comunicar com ele e fazer ele reagir a qualquer estímulo.

- Temos que levá-lo ao hospital para dar um calmante e deixar internado! Diz um dos paramédicos que observa Andariel. A ambulância começa a se mover indo em direção ao hospital. Ao chegar lá ele é removido e levado há uma maca onde permanece no mesmo estado, por alguns minutos vários médicos os examinam e conversam sobre os possíveis motivos de sua paralisia, é então que um dos médicos administra uma injeção na veia de Andariel. Em mais ou menos 15 segundos as pálpebras de Andariel começam a abaixar e se fecham por completo.

“ Por que tudo isso esta acontecendo comigo? Por que EU tenho que me esconder agora? Por que EU tenho que fugir? Eu sou forte e sei que posso ir contra todos os responsáveis por isso! Eu me vingarei e vingarei a morte de Luphiel!”

Em uma maca de hospital um garoto de cabelos longos e de pelos faciais ralos se levanta, vários aparelhos respiratórios cobrem seu rosto, o mesmo acorda quando se movimenta seus braços arrancam várias agulhas de seus braços e tira os aparelhos de respiração muita dificuldade, ao retirar o tubo respiratório de suas narinas o mesmo começa a puxar outro tubo que estava em sua boca descendo garganta dentro, enquanto puxa todo o tubo ele se cobre de muita saliva, terminando de tirar todo o tubo vomita apenas um liquido incolor, o cabelo tampava seu rosto. Ele se levanta e vai com dificuldade até um espelho e se olha.

- O que foi que aconteceu? Por que eu estou com o cabelo longo? E que merda é essa barba e esse bigode?
Ao retirar o cabelo do rosto é visivelmente Andariel, apensar de seu cabelo longo e seu rosto envelhecido pela barba e bigode mal feitos. Uma enfermeira entra no quarto e diz:
- Ei! Menino sente-se você não devia ter se levantado
- Eu estou bem me diz uma coisa! Tem quanto tempo que estou aqui?
- Se você se sentar eu prometo que lhe digo! Por favor deite-se! Andariel apenas senta-se na cama, enquanto sente-se meio atordoado com tudo.

A enfermeira recoloca o soro em sua veia e remove os aparelhos respiratórios do lado da cama, ela fica de pé ao lado do mesmo e diz:

- Bem você foi trazido aqui por paramédicos, você estava catatônico e não reagia a nada, a principio lhe medicaram e o deixaram dormir durante alguns dias, infelizmente você não acordou depois de uma semana e assim ficou durante o primeiro mês, depois desse mês o diagnosticaram como em coma e o deixaram aqui até que sua família o procurasse infelizmente ninguém veio e aqui você ficou durante esses últimos 2 meses! Você poderia me dizer qual seu nome?

- Andariel! Diz ele após pensar um tempo
- Andariel? Não é um nome muito comum de se ouvir!
- Ninguém veio me visitar nesse tempo?
- Sim até veio um garoto aqui mais ele disse que não lhe conhecia só estava no momento em que você caiu!
- Hum... ele disse o nome?
- Hehehe, disse e para ser sincera era estranho como o seu! Era... Teriel eu acho, algo assim!
- Teriel? Tem certeza?
- É era algo mais o menos assim, enfim agora que acordou diga-me, Quantos anos tem? Tem familia?
- Tenho 16 anos! E tenho só minha mãe!
- Hum... aqui é o hospital regional, você sabe por que sua mão não o procuraria?

Andariel fica alguns segundos calado e diz:

- Meu Deus! Eu dormi sumi 2 meses é impossível minha mãe não ter vindo me procurar! Alguma coisa aconteceu!


Próximo: Capítulo VI ~ Um novo EU

20 janeiro, 2009

Capítulo IV ~ Tormenta sem fim



- Andariel, quanto a aquela noite não posso lhe responder sinceramente se o vi matá-la, pois a hora em que cheguei você já estava com ela em seus braços sem vida, foi quando por reflexo me acatou, lembra-se?
- Sim foi o único momento em que consegui me controlar, mesmo que por instantes. Ao terminar Andariel aparentemente iria continuar a falar algo quando é interrompido por Luphiel:
- Não posso dizer se foi você quem a matou porém tenho toda a certeza que as outras 2 pessoas não tem nada relacionado a você!
- Como assim?
- Já esperava o seu acordar naquela noite, por meses o vigiava sem que soubesse, más naquela noite tive que voltar minha atenção para outro “fetos” que não havia notado até então!
- E quem era?
- Seu nome de “fetos” eu não tenho conhecimento más ela possui um vasto controle e desenvolvimento apesar de sua pouca idade!
- E quem é essa pessoa?
- Yuki Wallgates é seu nome de adoção, não obtive muito de sua historia, afinal tinha que ir atrás de você naquela noite, por mais ou menos 2 horas você esteve pela rua sem que eu soubesse de você. Andariel fica um pouco pensativo e diz:
- Espera Yuki Wallgates? Esse é um menino da minha sala!
- Hum? Espera mais ele é mais novo que você!
- É eu sei! Ele é adiantado 2 anos, todos os chamam de super gênio! Por minutos Luphiel se cala e espera, com esses minutos seu braço volta praticamente todo ao lugar, que agora reside seu braço completo.
Luphiel se abaixa e diz calmamente:
- Fique ai deitado por que tem algo do lado de fora da casa
- Hum? Como assim? Como você sabe?
- Anos me escondendo!


A campainha da porta toca com um som grotesco e assustador, tanto Luphiel quanto Andariel se assustam com o som agudo em meio a madrugada surda, Luphiel faz movimentos com o braço como se pedisse para Andariel continuasse deitado sobre o chão acolchoado, levanta-se e vai em direção a porta


Lá ele simplesmente abre a porta com rapidez e pede para que alguém entre, uma figura de estatura baixa aproximados 1,52 metros, entra com uma roupa grande e com capuz, senta-se no sofá ao lado de Andariel sem dizer nenhuma palavra sequer, é quando Luphiel senta-se em outro sofá e diz:


- Pode ficar tranqüilo e tirar esse capuz, e para ser sincero não sei como me encontrou, más se encontrou é obvio que sabe de algo!


Andariel assustado com a cena permanece calado vendo a figura encapuzada e a estranha conversa. Com o término da frase de Luphiel a figura começa a tirar o sobretudo com seu capuz e outras peças de roupa que tampavam seu rosto, por baixo das vastas peças de roupas havia um garoto de cabelo curto e muito preto, olhos bem fechados amigáveis de felicidade, uma pele muito albina com algumas sarnas e lábios semi azulados aparentes de frio, vestia-se com uma roupa estranha e social por baixo do sobretudo de capuz , ao revelar seu rosto Andariel ainda deitado ao chão diz em alta voz:


- Yuki? O rapaz apenas diz:
- Yuki? Não... Eu sou sexto “feto”, “chimera” Micael Moj’ib! Diz o garoto com toda a entonação possível. Más não desfazendo seus olhos felizes. Luphiel diz em seguida:
- Prazer irmão, sou o quarto “feto-beproti’s”, “beproti” Luphiel Klaidos. Micael sorri com seus lábios azulados e diz:
- “Beproti’s”? hihihihi... pensei talvez nunca mais ouvir tal palavra! Andariel responde em seguida:
- Prazer sou o Quinto “feto”, “chimera” Andariel Wolf, e não vejo razão para risos diante ao nome. Diz Andariel com um tom de seriedade.
- Não fique nervosinho criança que usa o titulo de quinto e ao mesmo tempo de “chimera”!
- Como assim titulo?
- Hihihihi parece que seu grande irmão Luphiel não lhe contou todas essas coisas não é? Diz Micael com o rosto de felicidade
- Eu ainda não tive tempo! Aliais como você pode saber de tudo isso? diz Luphiel com o rosto sério
- Hhihihi vamos lá, Andariel mesmo já disse que sou um super gênio!
- SOBRE O QUE VOCÊS ESTÃO FALANDO! Grita Andariel com rosto levemente raivoso, quando termina de gritar Micael direciona um chute contra o peito de Andariel.
- Fica quieto e não grite seu imbecil você não está em condições de falar assim comigo! Hihihi seu amigo Luphiel não esta sendo tão sincero assim contigo meu caro! Posso dizer a ele ou quer contar por mim Luphiel?! Fala Micael ainda com seu pé contra o peito de Andariel
- Se você tirar o seu pé imundo dele você pode contar o que quiser! Diz Luphiel com a voz calma e tranqüila, Micael tira seu pé de cima de Andariel e diz:


- Hihihi, para ser sincero não esperava os encontrar tão facilmente más suas habilidades de esconder-se são ridiculamente baixas! Andariel sei que seu posto é de um “feto-chimera” e portanto e portanto recebeu o posto de quinto, sei que o animal de sua fusão é o lobo, bem como sua idade é verdadeiramente não é 16 anos, primeiro que seu crescimento é muitíssimo diferente, seu animal tem por natureza uma idade maior 6 vezes a dos humanos ou seja em sua forma Andariel você deve ter aproximadamente 96 anos animais! Hihhihihi é verdade que o tempo traz experiência e você acumulou toda a força de 96 anos animais para liberar apenas agora, muito inteligente mesmo que tenha feito isso sem perceber, 96 anos de poder contido sem enferrujar é uma aptidão enorme! Enquanto a você Luphiel um caso a parte afinal não é verdadeiramente um “fetos” está mais para “beproti’s”. Ao terminar a pronuncia da palavra Luphiel desaparece quase que instantaneamente do sofá e reaparece atrás de Micael dizendo com uma voz suave:


- Tome cuidado com o que diz espécime baixa. Luphiel direciona um ataque com a mão esquerda sobre o ombro de Micael, Micael abre o olho revelando a cor vermelha de seus olhos, ele defende tal ataque com grotescas garras que saem de sua mão direita que mais aparenta ser uma espécie de pata no momento, conseguindo assim segurar o ataque de Luphiel.
- Hihi... Luphiel Klaidos mesmo que queira não vai conseguir atravessar minhas garras, não há espaço entre as partículas dela! Hihihi vocês não vão durar muito indo contra a Lith, bem não foi isso que vim fazer aqui! Eu quero um pequeno acordo! Diz Micael ainda bloqueando o golpe de Luphiel.


- E que tipo de acordo é? Diz Andariel a espera de que a luta acabasse
- Hihihi, muito astuto jovem Andariel, bem preciso de um favor de Luphiel más é claro que ele não vai me ajudar de livre e espontânea vontade, por isso contava que você o aconselhasse a me ajudar Andariel, ao que me parece você tem força sobre as opiniões de seu “irmãozinho” , por que se não fizerem o que eu vou pedir eu conto tudo que sei sobre vocês a Lith! Hihihi mesmo que não estejam se escondendo ter a Lith pessoalmente atrás de vocês seria um estorvo não?


Luphiel volta a sumir e rapidamente aparecer sentado no sofá já dizendo:
- Hahahá, esta brincando? Você? Como pretende falar com a Lith?
- Hihihihi, me diga Luphiel como posso ser um “super gênio”, defender seus ataques, insultar dois “fetos” de grande posição e saber de tudo isso que eu disse, sendo cego e tendo menos da metade da idade que aparento? Hihihi há muito mais sobre mim que o senhor não conhece! Hihihi.


Diz Micael se levantando do sofá, ele se direciona a porta a abre e diz em voz alta:
- Hihihi, volto a falar com vocês daqui a 24 horas, e quero uma resposta de sim ou não para a pergunta que irei fazer! Diz Micael saindo a porta







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14 janeiro, 2009

Capitulo III ~ Passado, “Fetus” e Lith! Minha crônica Diurna?



Ao terminar a frase Andariel dá um salto em direção aos “funcionários” que ali trabalhava Luphiel grita:
- Abdariel não!
Más de nada adianta, ao ser avistado pelos “funcionários” é soado rapidamente o alarme e muitos começam a correr. Ao pisar ao chão Andariel direciona golpes com as garras sobre os “funcionários” vestidos de “cientistas”, seus golpes geralmente certeiros, acertam o peito dos atacados fazendo-os cair. Luphiel já avista dois militares se aproximando de Andariel pelas suas costas
- Mas que droga! Seu inconseqüente! Ah... lá vou eu! Diz Luphiel que rapidamente começa a se desmanchar em um vulto que se locomove estranhamente como se deixasse um rastro dele mesmo, porem é rápido muito rápido e chega ao lado dos militares sem que os mesmos notem sua presença. Quando os dois já estavam prontos para redigir um ataque com uma pequena arma de cor cinza e em formato de cilindro porem não há nenhum gatilho ou mira nas mesmas. Todo o vulto se “materializa” atrás dos dois militares antes que os mesmos disparem ataques contra Andariel, Luphiel “desmaterializa” seus braços os deixando como vulto e com o mesmo rastro de seu corpo anteriormente, com os dois braços ele sem muito esforça os atravessa no peito dos dois militares e “materializa” seus braços novamente os militares simplesmente caem ao chão sem reação.


- Andariel! Pare vamos embora temos que aproveitar que eles ainda não mandaram os “beproti’s”! Grita Luphiel com rosto sério
- Hahaha, espere somente eu encontrar algo referente aos “fetus” que vamos embora “O.K”? diz Andariel já tingido de sangue.
- Seu inútil! Você não está nem procurando, ahhh que merda! Luphiel se concentra fica imóvel e de olhos fechados, respira fundo e em seguida grita e levanta os dois braços, nesse momento seu corpo se “desmaterializa” e aparentemente não sai do lugar, porem o rastro deixado pelo movimento do mesmo é visível por toda a sala, após alguns minutos ele re-abre os olhos e diz gritando:
- Aqui não há nada que eu já não saib...! Antes que o mesmo termine a palavra entra em desespero e corre em direção de Andariel dizendo com um tom de medo:
- Andariel cuidado um Beprot...! Ainda correndo em direção a Andariel, a parede ao lado de Andariel explode, pedaços de vidro e concreto caem por cima do mesmo, Luphiel por pouco não fora atingido pelos destroços da explosão, mesmo assim começa a tossir por causa da poeira causada pela explosão.


Andariel encontra-se em processo de “transformação” abaixo de uma rocha de concreto gigante e pedaços de vidro que o cortam, Luphiel se levanta, ao olhar na direção da explosão nota algo medonho, é aparentemente um bebê ainda em formação que mede de 5 a 6 metros de altura, com uma pele semi-transparente sendo visível seus órgãos internos, em alguns lugares é possível ver uma pelagem rala e albina, seus olhos são grandes e de íris vermelhas turvas, não há mãos ou pés apenas patas e garras, algumas presas saem para fora de sua boca. A gigante quimera começa a fuçar os escombros na procura de Andariel.


Luphiel desesperado se concentra novamente, más ao fechar os olhos por uma fração de segundo uma espécie de lança de cor prata é fincada no ombro esquerdo do mesmo, ele sente uma forte dor, más não se move, a lança é longa o suficiente para atravessar o ombro e é ligada a um cabo que chega até a arma de um militar escondido atrás de um escombro alguns metros atrás de Luphiel.


O bizarro ser gigante levanta o escombro no quão se encontra Andariel, e quando já lhe tocara com a enorme língua, Luphiel abre os olhos e “desmaterializa” todo seu corpo exceto seu braço fincado pela pequena lança, quando o mesmo começa a se mover seu braço esquerdo junto de uma parte de seu ombro flutua sozinho no ar assim como o sangue deixado por ele, o vulto chega até Andariel em milésimos de segundo, ao triscar no corpo do mesmo os dois e uma fração da língua do Beproti que triscava Andariel no momento se “desmaterializam” e somem quase instantaneamente, deixando pequenos rastros coloridos ao ar.


Novamente em meio a luzes Luphiel tenta chegar ao fim das mesmas, ao chegar no fim os dois caem ao chão.
- Conseguimos Andariel! Arrrg... Diz Luphiel em meio a gemidos de dor intensos, começa a gritar ferozmente de dor.
Andariel começa a acordar ainda muito ferido e não se move direito más vira para o lado e olha Luphiel gritando
- Luphiel! Desculpe! Neste momento seus olhos se fecham.


“ Andariel se levanta assustado, esta completamente curado, más ele aparentemente esta em uma sala ou quarto escuro
- Onde eu estou? Diz ele com voz de medo
Uma porta se abre iluminando a sala, logo ele vê muita aparelhagem eletrônica e um gigante tonel aparentemente feito de um vidro muito escuro, ele permanece agachado em meio à sala quieto apenas observando. Uma mulher entra na sala, usando vestes de cientista aperta alguns botões e logo uma dos monitores começa a se mostrar alguns dados confusos e de difícil compreensão, a mesma faz uma série de vistorias nos monitores, então para digita uma espécie de código, o vidro do gigantesco tonel se abre e um vidro transparente está por baixo, dentro do mesmo há um embrião de aproximadamente 5 meses de vida, ela menciona em voz alta:


- Espécime número 481, Quinto-“Feto”, Andariel Wolf, Checado
Andariel observando aquilo pensa:
- Isso aqui é minha cabeça, são minhas memórias! Mais por que estou aqui? Por que?

A cientista continua e digita mais um código que abre um novo tonel ao lado do já aberto neste há uma criança de aparentemente 1 ano de idade, ela novamente menciona em voz alta:
- Espécime número 12, Quarto-“ feto~beproti”, Luphiel Klaidos, Estável
A cientista fecha os dois vidros e se dirige a porta, Andariel corre antes que a mesma saia e feche a porta. Ao sair encontra-se em um local gigantesco e muito bem iluminado com um vasto grupo de cientistas monitorando uma maquina grotesca essa maquina se estende desde o teto até o chão formando uma “pirâmide” invertida, na ponta alguns cientistas colocam um tonel com um “feto”, com tudo pronto eles se afastam da máquina e ficam apenas atrás de seus monitores olhando para eles atentamente, uma grande energia é movida para a maquia que emana uma luz distinta sobre o feto.


- Iniciar difusor de partículas no Quinto-“feto” diz um dos cientistas


Duas gigantes pinças de metal saem da maquina e começam a girar em volta do tonel, a luz para e somente o barulho da máquina é audível


- Incubar DNA já difundido na cobaia
A coloração do tonel muda tornando-se algo verde e pastoso não mais tão transparente, nesse momento o embrião começa a se “desaparecer” partículas por partículas em meio a pasta.
- Encerar processo! Concluir!


O maquinário para e o embrião está lá normal sem deformidade alguma, a pasta está totalmente límpida e transparente novamente. Uma grande luz envolve Andariel e o mesmo encontra-se na mesma sala escura onde fica parado olhando a cientista olhando para 5 tonéis abertos, ela se dirige ao ultimo tonel da esquerda e diz:


- Espécime número 1.002, Primeiro- “Feto” Lith Cadamom EM PERFEIÇÃO


Andariel assustado corre e olha para o tonel que contem também um embrião porem que aparenta ter entre 2 a 3 meses de formação. Infelizmente novamente aparece em uma sala diferente, nessa há uma criança com uma série de aparelhos em seus olhos evitando que a mesma os feche, e vários monitores mostrando cenas repetidas de orfanatos, escolas e crianças, enquanto vozes dizem o nome “Carlos” repetidas vezes.


- Então é basicamente isso! Por isso não me lembrava! Não via eu mesmo, todos aqueles anos no orfanato, todo aquele vazio em meu peito! Tudo é culpa de Lith, eu farei que paguem por ter feito passar 16 anos sem saber que eu era na realidade! Eu sou Andariel Wolf! E farei com que todos esses malditos da Lith sofram por isso e me assegurarei que ninguém mais vai sofrer!


Abrindo os olhos lentamente Andariel acorda em uma sala bem confortável, uma casa simples e sem muitas regalias, ele se levanta de vagar pois sente muita dor em seus cortes espalhados pelo corpo. Luphiel se aproxima.


- Fica deitado pelo menos por enquanto, você ainda esta muito ferido, mais jajá isso cicatriza! Diz Luphiel com rosto de preocupação
Andariel olha bem para Luphiel e percebe que seu braço esquerdo está amputado ate um pouco a baixo de seu ombro, assustado diz:
- E você Luphiel? Como você vai ficar?
- Acredite já estive pior, a hora que saímos de dentro da instalação eu também estava sem o ombro!
As vezes algumas luzes bem cintilantes apareciam e iam em direção ao braço de Luphiel.
- Luphiel, posso lhe fazer uma pergunta?
- Claro! Se eu estiver em condições posso até responde-la. Diz Luphiel com um tom de risada em sua voz
- Momentos antes de eu desmaiar na instalação você disse para sairmos antes que algo aparecesse, e depois tentou me avisa que algo estava vindo, o que era?
- Hehe... Esperava essa pergunta, aliais esperava muitas outras, más enfim, o que eu havia dito era para sairmos antes que os Beproti’s poderiam aparecer.
- E o que é?
- Bem dentre todos os experimentos que Lith fez, muitos... para dizer a verdade a maioria deu errado, e os beproti’s são o resultado de tais erros, bem você é um “Feto”, ou seja os experimentos bem sucedidos são chamado de “fetos” enquanto os mal sucedidos são chamados de beproti’s!
- Espera então os que não alcançam o nível de “fetos” são ainda sim usados?
- Claro! Eles não tem nenhum tipo e raciocínio ou habilidades grandiosas más crescem com muita força destrutiva... Antes que Luphiel terminasse sua frase Andariel o interrompe dizendo:
- Espera, eu lembro da cientista dizendo que você era um “feto- beproti’s” como isso é possível?
- Hahahaha... deixa eu explicar uma coisa, o objetivo da Lith sempre foi a fusão perfeita de algo a outro, no seu caso de um animal, um lobo! Você é um “fetos” do tipo quimera, já li registros de quê são ao todo 15 “fetos” de exatos 3 tipos, porem só é de meu conhecimento os “chimera” e “fetos- beproti’s”, resumidamente os “chimera” são resultado da fusão perfeita de um ser a outro geralmente a um animal e os “fetos-beproti’s” é basicamente um erro ocorrido no processo genético e que a cobaia não morre más também não é um ser completo e perfeito.
- Entendo, então os “fetos-beproti’s” são apenas um erro de processo! Más se é um erro então havia uma meta a se cumprir não é?
- Sim, eu já li vastos arquivos sobre meu experimento, inicialmente era para ser um “chimera” más durante houve um erro que interrompeu o processo quando minhas partículas estavam em separação e quando as mesmas iam se fundir as animais más as partículas e células animais não chegaram só causando o desmembramento de minhas partículas, as mesmas não mais voltaram a se juntar definitivamente, por isso posso me desmaterializar, se houver o espaço de uma partícula entre as coisas eu posso facilmente penetrar e atravessar.


Com todo esse tempo passando, durante as explicações o braço de Luphiel aos poucos se reconstituía.


- Luphiel, fui eu quem matou Caterine?


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13 janeiro, 2009

Capitulo II ~ Uma noite assassina


Carlos entre os quarteirões corre em linha reta, como se já tivesse um lugar em mente. Mais algum tempo ele se aproxima em uma espécie de “Parque-público” meio deserto, já eram 23:20, cansado de correr durante uma hora praticamente ele se encosta em uma árvore. Após encostar-se em uma árvore já suado, tenta escalar a mesma até o ponto mais alto, entre galhos, folhas e arranhões ele chega a um dos galhos mais altos, ali ele tira suas roupas não intimas, as dobra e coloca no galho ao lado, quando termina seu relógio faz um barulho de bipe, acende a luz mostrando em sua tela que já são exatas 00:00.

Carlos se desespera e começa a ficar inquieto, o tempo passa e as aves noturnas começam a fazer seu barulho entre os sons da cidade e do parque Carlos continua esperando que algo aconteça, a hora passa e nada realmente muda, ele já tinha quase desistido de ali ficar, até que o silencio grita e tudo parece imóvel, nada mais faz nenhum ruído, Carlos começa a sentir muita dor em sua boca

- Não! Não posso perder o controle! Diz Carlos concentrado em não perder os sentidos.

Porem de nada serve, a dor começa quando suas mandíbulas aparentemente se quebram, sua boca cresce como uma espécie de focinho, suas presas e dentes rasgam seus lábios no intuito de sair, vasos sanguíneos de seus olhos começam a se romper dando-os uma cor avermelhada turva semi-negra, sua coluna e caixa torácica se levanta, suas costelas se juntam enquanto sua bacia deforma-se junto de suas pernas. Apesar de Carlos tentar se segurar nos galhos más acaba perdendo o controle e começa a cair em meio a árvore, quando suas costas chegam a quase tocar o chão más centímetros antes ele se vira e cai com as mãos e pés no chão, ao tentar se levantar seu calcanhar começa a se deslocar e subir deixando seu pé grotesco, seus braços se deformam e crescem, Carlos grita de desespero enquanto tudo ocorre, há apenas uma dor sem fim como companheira.

Um sem-teto que passa pelo parque aparentemente bêbado escuta os gritos de Carlos, e vai em sua direção, ao chegar perto vê algo não mais humano e nem animal, a estranha criatura era de tamanho elevando porém não era forte, apesar da quantidade elevada de pelo de coloração branca em seu corpo ainda é visível partes humanas principalmente em seu peito e abdômen onde o pelo é quase nenhum, sua cabeça muito parecida com a de um lobo ou de uma raposa tal criatura permanecia de pé, ofegante e de olhos fechados, o sem-teto não anda mais adiante só fica ali esperando alguma reação.

A criatura começa a abrir os olhos apesar de ainda ofega bastante, seus olhos eram tão negros quanto à noite daquele momento, a fera fica imóvel ao olhar o sem-teto ali tão apreensivo. É quando algo surge o peito do sem-teto, uma grande corrente de sangue começa a descer pela boca do mesmo. A criatura recua ao ver a cena e começa a emitir um som como se fosse um animal com medo, o que havia atravessado o peito do mesmo era uma mão coberta por uma luva negra com alguns símbolos de cor prata, a mesma mão some como uma espécie de vulto. O corpo do sem-teto cai ao chão quando isso ocorre é possível ver que havia alguém atrás do mesmo.

A criatura percebe que era o mesmo homem de terno de momentos atrás, irritada a criatura corre na direção do homem.

- Andariel porque me atacas? Eu o matei para te proteger
Apesar das tentativas de morder e agarrar o homem seus golpes não o atingem, pelo contrário passam por dentro do mesmo o atravessando como se ele fosse algo não sólido, enquanto o homem só da passos para trás, conforme a criatura avança em sua direção ele recua.
- Esta bem Andariel! Diz o homem com uma feição séria, para de recuar e segura uma das mãos da criatura no momento de seu ataque, e diz:
- Olha só eu posso matar todos os que lhe virem essa noite ou posso te ajudar a encontrar um lugar para lhe prender! para fazer mal a ninguém essa noite o que acha?
A criatura recua e apenas o olha com uma feição triste e desanimada.
- Segure a minha mão Andariel! Acredite isso vão ser mais difícil pra mim do que pra ti!

A criatura abaixa suas orelhas até então para cima em alerta, agora com um tom de subordinação estende a garra sobre a mão do homem, ao tocá-lo os dois começam a sumir como areia ao vento. Por uma razoável parcela de tempo tanto a criatura quanto o homem viram apenas luzes em movimento, más ao fim das luzes estava já uma imagem formada, ao abrir os olhos os dois viram uma grande instalação com muitos “funcionários”, aparentemente o homem simplesmente solta a mão da criatura e diz ofegante e cansado:

- Andariel! Todos eles são tudo o que lhe criou! Eles são uma parte da Lith!
Ao terminar a frase a criatura recobra-se de todos os sentidos inclusive do senso de que é Carlos e tem outra vida como humano, diz com uma voz muito diferente da normal, era algo mais grave e mais feroz, diferente da voz normal

- Luphiel! É esse seu nome não? Diz Carlos ainda na forma grotesca
- Finalmente se lembrou não foi? Andariel?
- Mas, como posso lembrar deste lugar sendo que quando estive aqui era um feto ?
- É praticamente uma lavagem cerebral o que fazem aqui após as experiências, más como lhe disse não posso lhe dizer muito por hoje, só lhe trouxe aqui para que lembrasse, e parasse de redigir ataques a mim!
- Não precisa falar tão formal assim Luphiel!
- Não me dê ordens, afinal você é mais novo que eu!
- Luphiel! Essa não é a instalação principal não é mesmo?
- É verdade não é mesmo a instalação principal
- Então! Não haverá problema se nós destruirmos todos eles e roubar seus dados sobre os “Fetus”
- Acredite nem comigo usando tudo o que tenho nem com você usando tudo que tem! Não faríamos nem arranhões nos projetos dessa instalação!
- Não quero destroçá-los por completo, apenas para me vingar por terem feito isso comigo, e lembrar a Lith que ainda estou vivo!


Próximo: Capitulo III ~ Passado, “Fetus” e Lith! Uma crônica Diurna?

" Horrores e Atrocidades no passado de um ser"

12 janeiro, 2009

Capitulo I ~ Projeto Inacabado de um Ser


Após horas escrevendo Carlos deita-se sobre a escrivaninha, durante horas dormiu sem que fosse interrompido, sua mão já havia desistido de acordá-lo aos fins de semana pela manha, mais ou menos as 17 horas ele acordou já assustado por ter cochilado sem perceber, quando olhou para o relógio percebe que seu cochilo se estendeu muito tempo, o mesmo se levanta da cadeira, se veste um pouco mais caprichado coloca um tênis e sai correndo, desce as escadas e vai até a cozinha onde sua mãe se encontrava comendo algo no balcão, passando direto pelas costas de sua mãe, abre o armário e começa a aprontar um sanduíche.
- Olá, já vai sair? Eu nem estava em casa que horas acordou?Diz sua mãe ainda de costas
- Já faz tempo
- Vai almoçar?
- Não, Não, vou comer aqui e ir ao shopping, esqueci que tinha marcado lá com o pessoal!
- Você não viu a TV? Tiveram muitas assassinatos por ai! Não sai não!
- Não se preocupe eu vou estar com vários amigos em um lugar com muita gente, ninguém vai fazer nada, não se preocupe.
- Poxa Carlos to te pedindo pra não ir.
Carlos já havia terminado o sanduíche, pegou um refrigerante e saiu pela porta sem que sua mãe o visse.

Ao chegar ao ponto de encontro no shopping já se nota um grupo de 10 pessoas aproximadamente, todos muito jovens e extravagantes, ele se aproxima cumprimenta a todos, aparentemente pergunta algo a um deles que aponta para uma pessoa sentada num dos bancos.

Aproximando-se era claramente uma garota, porém vestia-se com roupas sociais masculinas, suspensório preto e tinha um cabelo curto e arrepiado de cor loira, ao sentar-se do lado da mesma pergunta:

- Que foi Luna? Você não é de ficar sozinha no canto. Pergunta Carlos com preocupação
- Hum... você parece pálido, mais que o normal pelo menos... Responde Luna
- Não dormi bem essa noite e você? Ainda não respondeu... o que foi?
- Acho super engraçado você me perguntar isso logo depois de terminar comigo! Responde Luna com um tom de indignação na voz.
- Calma! Diz Carlos com a voz calma
- Não! Calma você! aliais pensando bem como pode estar tão calmo assim?
- Como assim? Murmura Carlos com um pouco de temor na voz
- É! A sua “amante”... Aquela nojenta da Caterine não foi uma das vitimas da noite dessa madrugada?
- Pronto você mesma já mostrou que está errada! Não estou emocionado por que ela não era minha amante! Eu nem a conhecia direito. Diz Carlos com um pouco de nervosismo.
- “Uhum” claro nem merecia estar morta era tão boa menina. Responde Luna com um tom sarcástico
- Não fale mais assim dela nunca mais! Vou ao banheiro preciso acordar, ainda devo estar no pesadelo. Carlos se levanta e sai expressando revolta.

Entrando no banheiro masculino, liga uma das torneiras e joga um pouco de água no rosto, fica alguns segundos com os olhos fechados. Um sussurro ecoa no banheiro vazio

- Annndarieell. Menciona uma voz lenta e suave, antes que a voz termine, os olhos de Carlos se abrem totalmente negros, sua boca se abre soltando um som de ossos se distorcendo, ele se vira sem controle atacando com ferocidade o que quer que se encontre atrás dele, seu golpe passa no vão do banheiro e em nada toca. Seus olhos e boca voltam ao normal rapidamente, anda por todo o banheiro procurando o dono da voz .

“ Não é possível que eu tenha imaginado aquela voz! Eu sei que isso foi real” pensa com rosto de duvidas.
Já abrindo a porta para sair do banheiro ele esbarra em alguém que aparentemente entrava no banheiro.
- Desculpe, não o vi senhor.

O homem de terno apenas passa por ele e entra em um dos box do banheiro.

“Esse cara nem se desculpou que palhaço, já sei o que fazer” pensa Carlos enquanto sorri. Corre ao lado do banheiro em uma pequena sala de zeladores e materiais de limpeza pega um dos carrinhos dos zeladores e empurra-o contra a porta do banheiro, após isso coloca uma placa de “Interditado” de frente a porta do banheiro, faz tudo isso com muita rapidez.

Voltando a roda de amigos, ele se anima com as conversas e se esquece de olhar o banheiro, ao passar das horas conversando e se divertindo.

- Nossa, já devia estar em casa, sai de lá muito cedo e vou voltar muito tarde! Menciona Carlos com a voz preocupada. Mas antes de eu ir deixa eu ir no banheiro que eu to apertado.

Carlos se despede dos amigos e corre até o banheiro, já de longe percebe que tanto o carrinho e a placa que ele havia colocado na porta do banheiro estavam no mesmo lugar., Carlos para e reflete enquanto empurra o carrinho e retira a placa

“ Hum? Como foi que aquele “cara” saiu?. Ao entrar percebe que todos os box estão vazios e não há ninguém dentro do banheiro, ele corre a um box entra e começa a urinar, termina, sai e lava as mãos.

Já saindo do shopping ele anda algumas quadras para chegar em casa.

“Desde aquela hora no banheiro to com esse sentimento de que estou sendo perseguido mais...” interrompendo seus pensamentos uma voz grita:
- Carlos?!. Carlos olha e procura alguém entre as ruas e quadras escuras más nenhum ser vivo é visto
- Ah então este é realmente o nome que Lith lhe deu... Diz a voz ainda sem dono.
- Quem esta ai? Diz Carlos com raiva na voz
- Aqui! Menciona a voz, ao virar-se Carlos vê um um homem em um terno muito social e bem apresentável.
- Quem é você?
- Há! A Lith finalmente fez um bom trabalho com alguém!
- Você não me respondeu.. e o que diabos é Lith?
- Hum... bem choro por ver que não se lembra de mim... Irmão... e nem da mão Lith.
- Do que está faland... espera era você no banheiro não era?
- Noss... como foi que me reconheceu? Droga de roupa!
- Como foi que saiu daquele banheiro? E que porcaria é essa que você esta falando?
- Irmãozinho não é hora nem lugar para discutirmos isso, que tal nos encontrarmos amanha?
- Não quero saber do que é que você está falando agora!
- Desculpa más... infelizmente se eu não for agora vou acabar me ferindo com você, de novo!
- Como assim de novo?
- É hoje daqui a algumas horas você sabe o que vai acontecer!
- Não hoje não é noite de lua cheia!
- Hahahaha.... ai... ai sinceramente você acredita que é uma espécie de lobisomem?
- É a única coisa em que posso crer sem ouvir o que você tem a me dizer
- Sugiro, irmão que você vá para algum lugar e se tranque bem durante as noites dessa semana, durante esses próximos 5 dias você vai se transformar todas as noites, geralmente das 00:00 as 05:00 da madrugada! Não quero ter que ir atrás de você e lhe impedir de fazer besteira novamente!
- Espera! O que você disse? De que você me impediu?
- Amanha ao meio dia nos encontraremos em um café a duas quadras a esquerda dessa, ao lado do shopping lá iremos conversar mais, já lhe contei o que podia contar por hoje, lembre-se do que eu lhe disse Andariel. Ao terminar de falar o homem aparentemente se torna uma espécie de “vulto” que some aos poucos como se fosse uma miragem, Carlos tenta impedir mais suas mãos passam direto sobre o “vulto”, novamente ele esta sozinho na quadra escura, olha para o relógio e vê que já são 22:46 PM, ele se desespera e corre entre as quadras, porem não há um destino, ele não segue em direção a sua casa, apenas corre entre as quadras.
Próximo: Capitulo II ~ Uma noite assassina

11 janeiro, 2009

Prólogo ~ Uma crônica noturna?

06~Junho~2006
Hoje após anos me senti tão desprezível e tão só que talvez tenha sido esse o motivo de ter voltado a escrever. Todos os 16 anos de minha vida que pareciam estar deslocados começam a se encaixar, era como se um vazio ocupasse meu peito, más na madrugada de hoje ocupei tal espaço com a dor de alguém que não merecia. Dentre as várias coisas ruins dessa madrugada, a pior dentre todas é minha falta de remorso! Não sinto nada, Caterine se foi e é como se nada mudasse em minha vida. Tudo começara noite passada quando não conseguia dormir por provavelmente insônia ou nervosismo. Nessa noite iluminada pelo brilho da lua cheia algo a mais acontecia, quanto mais às horas passavam mais me sentia ferido, sufocado e preso. Os segundos me feriam enquanto os minutos sussurravam suspiros agonizantes em meus ouvidos, quando as horas finalmente pararam e não mais passavam, meus gritos de dor por milagre não foram ouvidos por ninguém, uma dor imensa! em meu peito começou a aumentar, a tal ponto que meus ossos se racharam ao meio como gravetos, meus dentes rasgavam meus lábios e minha língua como se já não fosse mais necessários. Era como uma tempestade após de 16 anos de calmaria. Todos os sentimentos dolorosos se apaziguaram, quando dei por mim já estava de pé, não havia nada diferente em meu quarto. Tentei mexer e falar mas meu corpo não respondia aos comandos por mim exigidos, não era mais eu quem guiava meus passos. De repente me sinto “caindo” no chão de meu quarto, fiquei ali “semi-deitado” alguns instantes, porém algo mais forte me guiara até o lado de fora de minha casa, corri como um cão para minha janela antes de chegar a janela em uma fração de segundos talvez, cheguei a ver meu reflexo no espelho de meu guarda-roupas que se encontrava meio aberto, foi o bastante para ver algo não humano, algo deformado e inacabado, de grandes presas, olhos totalmente negros e orelhas pontudas, após ver aquele reflexo percebi que não era mais eu quem decidia meu destino. Ao chegar na janela, pulei, rapidamente já me encontrava na grama. Como pudera ter saltado da janela do meu quarto no 2º andar de minha casa e não ter sentido nem o mínimo de impacto? A grama já fria e úmida com o orvalho e sereno da noite me deixaram com frio e desorientado, por algum tempo fiquei desorientado, foi quando ouvi um barulho semelhante ao de um carro, por instinto me escondi ao lado da casa. Com um momentâneo clarão sombrio me vi dentro de um quarto escuro, minhas mãos banhadas em sangue, por um tempo recobrei todos meus sentidos, nesse instante me encontrava olhando para uma parede, ao olhar para baixo vi! Era Caterine banhada em sangue deitada sobre o colchão de uma cama, ao olhar melhor vi que estava no quarto dela, tentei por minutos fazê-la movimentar-se, porém de nada adiantou, ela permaneceu imóvel! Não havia mais calor em seu corpo, soltei-a e ela recaiu sobre a cama, percebi algo em um canto escuro do quarto, certo que havia alguém ali de pé, porem aquele vulto não conseguia vê-lo claramente, porém antes que pudesse me aproximar do mesmo fui envolvido em trevas novamente, esse apagão foi mais intenso que da outra vez. Desta vez acordei já no jardim de minha casa, uma chuva caia sobre mim, eu estava com muito frio, percebi que ao olhar meus braços e pernas estava nu em meio a uma chuva muito forte que fazia todo o sangue que me banhava escorrer, ainda desorientado com tudo aquilo andei em direção a janela de meu quarto, olhei para cima e já ia dar a volta na casa para tentar entrar pela porta quando pulei numa atitude estúpida de alcançar a janela que se encontrava a mais de 5 metros do chão, em apenas um salto sem nem sequer usar força consegui alcançar minha janela com uma facilidade medonha, entrei pela mesma e deitei-me no chão de meu quarto e apenas desejei que tudo aquilo fosse um pesadelo. Ao recobrar a consciência levantei-me rapidamente do chão ainda molhado com a água da chuva trazida por mim, corri até o espelho de meu guarda-roupas o mesmo em que me vi como uma aberração na mesma noite, meu reflexo não era mais o grotesco que vi a horas atrás, meu cabelo molhado tampava meus olhos, minhas orelhas eram novamente circulares, meus dentes não más rasgavam minha boca, a mesma não se encontrava rasgada e nem com vestígios de tal, era o jovem normaL de meu cotidiano novamente, me agachei diante ao espelho e tentava lembrar o máximo de detalhes sobre a noite, o que ocorrera durante o tempo em que apaguei e se fora eu realmente quem tirou a vida de Caterine. Devo ter ficado ali deitado durante horas más nada de novo vinha até mim, meus devaneios eram apenas do que relatei acima. O sol avançara pela janela e me tocara do lado direito, aquela luz fraca e inicial da manha já me aquecia, percebi que fedia a suor e ainda a um pouco de sangue, me levantei e corri ao banheiro já ligando o chuveiro, sem perceber que o mesmo encontrava-se no modo de água fria, quando aquela água tocou minha pele, meu braço por reflexo se dirigiu com força em direção ao chuveiro que mudou a temperatura. Sai do banho me enrolei em uma toalha, o sol já se encontrava mais forte porem não um havia secado a água que deixei na beira da janela, apenas joguei minha toalha sobre a água, me vesti e sentei na cama, liguei a TV que noticiava 3 mortes brutais de adolescentes na madrugada, dentre os mortos noticiados o nome de Caterine apareceu, foi ai que me sentei escrever tudo isso, não conseguia guardar todas essas idéias e lembranças em minha cabeça, precisava colocar tudo pra fora, pode ter sido EU quem matou todas as 3 pessoas?. Não sei o que fiz, nem o que me transformei más terá sido isso algo maligno?
Próximo: Capítulo I ~ Projeto inacabado de um Ser